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Em depoimento à CPtoday777 -I no DF, general alega acampamento

Um dos suspeitos de proteger os golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes da República em 8 de janeiro,today777 - o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes foi ouvido nesta quinta-feira (18) na CPI dos Atos Antidemocráticos.

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No depoimento, o general, que era responsável pelo Comando Militar do Planalto no dia da tentativa de golpe, disse que o acampamento em frente ao Quartel General do Exército não foi desmobilizado porque não foi considerado ilegal por nenhuma instituição.

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"Em nenhum momento o acampamento foi considerado ilegal, por nenhuma instituição. Em nenhum momento houve ordem para desmontagem do acampamento", afirmou o general Dutra, destacando que o Exército teria agido para "desmotivar" o acampamento desde novembro. Segundo ele, o acampamento chegou a contar com 100 mil pessoas no 15 de novembro, mas após o trabalho de desmobilização poucas centenas teriam permanecido no local até a véspera do 8 de janeiro com a chegada de centenas de ônibus em Brasília.

Durante o depoimento o general Dutra apresentou fotos e vídeos para sustentar sua versão de que o acampamento estava sendo esvaziado e justificou que no dia 29 de dezembro não houve a operação para a entrada do DF Legal em razão de um "acirramento de ânimos". "Naquela ocasião não estávamos preparados", justificou o militar, garantindo que o Exército vinha fazendo uma "estratégia indireta de desmobilização", que segundo ele foi frustrada em razão do dia 8 de janeiro.

Prisão dos manifestantes

O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), questionou o general sobre o suposto impasse que teria ocorrido entre o comando do Exército e as forças civis de segurança após os atos de vandalismo na noite do dia 8. "Esse ato do senhor de não permitir as prisões naquele momento pode ter prejudicado o trabalho das polícias?", perguntou.

Ao responder o general negou desentendimento e justificou que as prisões não foram feitas em seguida aos atos porque existia o risco de as pessoas correrem para os quartéis ou as casas do Setor Militar Sul (SMU).


Vigilante questiona Dutra sobre prejuízos causados por adiamento das prisões / André Duarte/CLDF

"Em nenhum momento houve obstrução da Justiça. Em nenhum momento houve esse confrontamento com a polícia ou com o ministro Flávio Dino [Justiça]", assegurou. No entanto, ele confirmou que se encontrou com o então interventor da Segurança no DF, Ricardo Cappelli, após os atos e teria argumentado que a operação para prender todos os manifestantes era "muito complexa" e que "teria risco de morrer gente". Após essa conversa, Cappelli teria ligado para o ministro Flávio Dino e Dutra teria telefonado para o então ministro Marco Edson Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional).

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Ele disse que pediu ao general Dias para dizer ao presidente Lula que a operação teria alto grau de risco. Segundo o depoente, momentos depois o chefe do GSI liga e o coloca para falar com o presidente Lula. "Eu falei &39;aqui é general Dutra, presidente&39; e ele disse: &39;general são criminosos, têm que ser todos presos&39;. Eu disse &39;serão presos, só que até agora nós só estamos lamentando danos ao patrimônio. Se nós entramos agora sem planejamento podemos terminar essa noite com sangue&39;", relatou.

O ex-comandante Militar do Planalto disse ainda que o presidente agiu com "inteligência emocional" e falou sobre as prisões acontecem no dia 9. "Ele na mesma hora falou: &39;seria uma tragédia&39;. Ele falou: &39;general, isola a praça e prende todo mundo amanhã&39;."

O general disse que depois disso houve uma reunião com os ministros Flávio Dino, Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa). Segundo o militar, a reunião foi extremamente cordial, sem desavenças e aí começou o planejamento da operação de prisão que aconteceria na manhã do próximo dia.

Aparelhamento do Exército

Em sua participação no depoimento o deputado Fábio Félix (PSOL) destacou o trabalho do ex-presidente Jair Bolsonaro para o "aparelhamento das Forças Armadas" e disse que a consequência foi a montagem e a continuidade dos acampamentos golpistas. "Como o senhor avalia o papel das Forças Armadas na política Brasileira? Isso é importante para que a gente possa compreender qual foi o papel das Forças Armadas nos acampamentos e nos atos de 2022", questionou Félix.

"Acredito no Exército Brasileiro como instituição do Estado, totalmente voltado para o cumprimento da nossa Constituição", afirmou o general Dutra, completando: "Foram coisas de [ex] o presidente da República [Jair Bolsonaro] e das pessoas que trabalharam com ele. Nunca teve apoio do Exército".

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes é um dos investigados pelo Ministério Público Militar, suspeito de negligência ou omissão nos atos de 8 de janeiro. Ele teve sua exoneração do Comando Militar do Planalto publicada no Diário Oficial da União do dia 11 de abril.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino


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